sábado, 25 de agosto de 2012

26 de agosto: Você também pode dar um presunto legal


Título: Você também pode dar um presunto legal
Ano: 1971
Diretor: Sérgio Muniz 
Produção: Brasil
Tema: Os crimes cometidos pelo esquadrão da Morte e sua relação com a ditadura militar brasileira. A fita foi (muito bravamente) feita durante os anos de chumbo e permaneceu esquecida durante muito. 
Duração: 39 minutos

Sinopse: Reflexão sobre a atuação do Esquadrão da Morte e do famigerado Delegado Fleury, chefe do DOPS em São Paulo. Filmado clandestinamente, o documentário nunca foi exibido por representar risco de vida para seu elenco e equipe. Na época, seus negativos foram transferidos para Cuba. Desde de 2006, seu realizador exibe sem muito alarde esta versão em universidades e mostras sobre direitos humanos. Com uma narrativa ainda atual, o documentário utiliza-se de diversos materiais em sua construção – recortes de jornais e revistas, imagens captadas diretamente da televisão, transcrição de depoimentos de pessoas torturadas e fragmentos das obras de teatro “A Resistível Ascensão de Arturo Ui” (Bertold Brecht/Teatro de Arena) e “O Interrogatório” (Peter Weiss/Teatro São Pedro).

Em meio à ditadura civil-militar implantada com o golpe de 1964, Sérgio Muniz teve a idéia de fazer um documentário sobre a ação do Esquadrão da Morte. Na época, conta o documentarista, a imprensa ainda tinha alguma liberdade para divulgar a ação desses grupos de extermínio, formados por policiais dos mais variados escalões, e que agia nas periferias de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. As vítimas dessa repressão policial (tal como hoje) eram homens, pobres e negros e, por essa condição, supostamente criminosos.

Anos depois, em 1974, após um longo período de produção na Europa e Cuba, o filme fica pronto. Entretanto, seguindo aos conselhos de amigos de Havana, opta por não exibir o filme. “Eles me disseram que achavam melhor não exibi-lo no Brasil: ‘você pode colocar em risco não só você, mas também os atores que aparecem no filme’, disseram.
A partir da repercussão positiva, começou a fazer uma distribuição informal e gratuita de cópias do documentário.

Entrevista com o Diretor Sérgio Muniz


De grátis! Até domingo!

Local: Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h

Saudações,
Jiló na Guela

terça-feira, 14 de agosto de 2012

19 de agosto: Lixo Extraordinário

A temática da reciclagem e da destinação sustentável e inteligente do lixo urbano tem sido recorrente nos documentários exibidos pelo Jiló na Guela, formando um ciclo de filmes sobre o assunto. Os documentários de Marcos Prado e Agnès Varda, "Estamira" e "Os Catadores e Eu" geraram debates estimulantes após suas exibições. Quais interesses econômicos estão por trás da legislação que determina o fim dos lixões?  Qual alternativa está sendo reservada aos profissionais que vivem da reciclagem? É correto chamar de reciclagem o processo de incineração do lixo por indústrias, atualmente defendido por grandes grupos econômicos internacionais que, inclusive, pretendem reproduzir esse modelo aqui no Brasil? 

A co-produção anglo-brasileira "Lixo Extraordinário" será apresentada, neste domingo, para compor esse painel e agregar um enfoque diferente. A arte feita de lixo na periferia é reconhecida no centro do mudo. Em que pese o fato de esse reconhecimento se dar pela simples atribuição de valor monetário por uma casa de leilão de Londres - sinal dos tempos! -, o processo descrito no filme reafirma a relatividade do valor das coisas - a fronteira tênue entre o lixo e o luxo. Em tempo de mudanças  numa velocidade dificil de acompanhar, o desafio parace estar mais em assumir que tudo é possível e que não há barreiras intransponíveis. Há que se ter, sobretudo, clareza a respeito do processo político e organização.

Título Original: Waste Land
Diretor: João Jardim / Karen Harley / Lucy Walker
Duração: 90 Minutos
Ano de Lançamento: 2011

Sinopse: Filmado ao longo de quase dois anos, Lixo Extraordinário acompanha a visita do artista plástico Vik Muniz a um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis. O objetivo inicial de Muniz era "pintar" esses catadores com o lixo. No entanto, o trabalho com estes personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugestionados a imaginar suas vidas fora daquele ambiente.



De grátis! Até domingo!

Local: Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h

Saudações,
Jiló na Guela
12 de agosto: Notícias de uma guerra particular



Título: Notícias de uma guerra particular
Ano: 1999
Direção: João Moreira Salles, Kátia Lund
País: Brasil
Duração: 57 minutos
Áudio: português

Sinopse: O documentário retrata o cotidiano dos traficantes e moradores da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. Resultado de dois anos (1997 - 1998) de entrevistas com pessoas ligadas diretamente ao trafico de entorpecentes, com moradores que vislumbram esta rotina de perto e policiais, o documentário traça um paralelo entre as falas de moradores, dos traficantes e da polícia, colocando todos no mesmo patamar de envolvimento em uma guerra que não é uma "guerra civil", mas uma "guerra particular". O título do filme é encontrado no conteúdo de uma das entrevistas; na fala do ex-capitão do BOPE, Rodrigo Pimentel que foi depois inspiração para o famoso Capitão Nascimento de Tropa de Elite.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=9WKM6ppiFyU

https://www.facebook.com/JiloNaGuela
 
5 de agosto: Cine Feminista

 
Convidamos a todas e todos para o CineFeminista da 8ª Ação Lésbica + Coletivo JILÓ Na Guela no BALAIO CAFÉ.

Videos:
- Lésbicas no Brasil, Maria Angélica Lemos
- Eu sou Homem, Márcia Cabral
- Entre, Carlos Côrtes
- Meu mundo é esse, Márcia Cabral

Logo após, bate papo sobre os filmes. E em seguida, shows com Michelle Lara, Andrea Augusta e Dj Pat Merenda mandando um sonzinho maneiro pra gente!