26 de agosto: Você também pode dar um presunto legal
Título: Você
também pode dar um presunto legal
Ano: 1971
Diretor: Sérgio Muniz
Diretor: Sérgio Muniz
Produção: Brasil
Tema: Os crimes cometidos pelo esquadrão da Morte e sua relação com a ditadura militar brasileira. A fita foi (muito bravamente) feita durante os anos de chumbo e permaneceu esquecida durante muito.
Tema: Os crimes cometidos pelo esquadrão da Morte e sua relação com a ditadura militar brasileira. A fita foi (muito bravamente) feita durante os anos de chumbo e permaneceu esquecida durante muito.
Duração: 39
minutos
Sinopse: Reflexão sobre a
atuação do Esquadrão da Morte e do famigerado Delegado Fleury, chefe do DOPS em
São Paulo. Filmado clandestinamente, o documentário nunca foi exibido por
representar risco de vida para seu elenco e equipe. Na época, seus negativos
foram transferidos para Cuba. Desde de 2006, seu realizador exibe sem muito
alarde esta versão em universidades e mostras sobre direitos humanos. Com uma
narrativa ainda atual, o documentário utiliza-se de diversos materiais em sua construção
– recortes de jornais e revistas, imagens captadas diretamente da televisão,
transcrição de depoimentos de pessoas torturadas e fragmentos das obras de
teatro “A Resistível Ascensão de Arturo Ui” (Bertold Brecht/Teatro de Arena) e
“O Interrogatório” (Peter Weiss/Teatro São Pedro).
Em
meio à ditadura civil-militar implantada com o golpe de 1964, Sérgio Muniz teve
a idéia de fazer um documentário sobre a ação do Esquadrão da Morte. Na época,
conta o documentarista, a imprensa ainda tinha alguma liberdade para divulgar a
ação desses grupos de extermínio, formados por policiais dos mais variados
escalões, e que agia nas periferias de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
As vítimas dessa repressão policial (tal como hoje) eram homens, pobres e
negros e, por essa condição, supostamente criminosos.
Anos depois, em 1974, após um longo período de produção na Europa e Cuba, o filme fica pronto. Entretanto, seguindo aos conselhos de amigos de Havana, opta por não exibir o filme. “Eles me disseram que achavam melhor não exibi-lo no Brasil: ‘você pode colocar em risco não só você, mas também os atores que aparecem no filme’, disseram.
A partir da repercussão positiva, começou a fazer uma distribuição informal e gratuita de cópias do documentário.
Entrevista com o Diretor Sérgio Muniz
Local: Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h
Saudações,
Jiló na Guela
De grátis! Até domingo!
Local: Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h
Saudações,
Jiló na Guela