quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O Jiló deste final de semana será excepcionalmente no SÁBADO, dia 15.fev, e também em um horário diferente do habitual: às 20h.

Mais uma vez, um filmaço! Ainda inédito no Brasil, The Gatekeepers: Heads of Shin Bet (Os Guardiões: Chefes do Shin Bet) concorreu ao Oscar de 2013 e ganhou vários prêmios e indicações. Em Israel, o Shin Bet é um organismo de segurança nacional, conhecido pelo estrito sigilo quanto às suas atividades e seus membros. Pela primeira vez na história, todos os antigos líderes ainda vivos dessa organização concordaram em falar publicamente. São relatos surpreendentes e impactantes (mais informações abaixo).

Neste sábado, 20h, no Balaio Café (201 N), não percam! É só chegar! Depois desta sessão, faremos uma pausa para as superfestas de Carnaval do Balaio e voltaremos no período pós-momesco com grande programação, aguardem!

Saudações Jilozeiras,

Equipe Jiló na Guela

https://www.facebook.com/JiloNaGuela



The Gatekeepers: Heads of Shin Bet (Os Guardiões: Chefes do Shin Bet)
95 min; Israel, França, Alemanha e Bélgica; 2012
Direção: Dror Moreh
Legenda: Português

Sinopse: Pela primeira vez, os seis ex-chefes do órgão do serviço secreto interno de Israel, o Shin Bet, compartilham suas ideias e refletem publicamente sobre suas ações e decisões. Desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel não conseguiu transformar a sua esmagadora vitória militar em uma paz duradoura. Ao longo de todo esse período, esses chefes do Shin Bet estavam no centro do processo de tomada de decisão de Israel em todos os assuntos relativos à segurança. Eles trabalharam em estreita colaboração com todos os primeiros-ministros israelenses, e suas avaliações e percepções tiveram, e continuam a ter, um impacto profundo sobre a política israelita. Os Guardiães apresenta um balanço exclusivo dos seus sucessos e fracassos. E ainda lança luz sobre a controvérsia em torno da Ocupação no rescaldo da Guerra dos Seis Dias.

Trailer: http://www.thegatekeepersfilm.com/en.html





quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014


O Jiló trás no próximo domingo, dia 9 às 19h no Balaio Café, um filmaço, polêmico, surreal, atordoante. Indicado ao Oscar de melhor documentário deste ano, participou da seleção oficial dos festivais de Toronto e Telluride, venceu os prêmios da Anistia Internacional e do público do Festival de Berlim em 2013.

Na Indonésia, são considerados como heróis os homens que comandaram o genocídio de mais de 1 milhão de pessoas no passado. Sem remorso nenhum sobre suas ações, eles foram convidados a reencenarem seus assassinatos para as câmeras, com os novos habitantes do vilarejo onde moram. The Act of Killing, ainda não lançado no Brasil, tem produção executiva de dois dos maiores documentaristas em atividade: Werner Herzog e Errol Morris.

"Eu acho que o documentário deveria se afastar dos fatos, porque fatos não são a verdade". Assim o produtor Werner Herzog explica porque decidiu apoiar o projeto de O Ato de Matar, filme perturbador no qual não se vê uma morte sequer, mas fala-se e pensa-se em morte o tempo inteiro. No caso, homens que mataram mais de mil pessoas no genocídio da Indonésia são convidados a reencenar os seus crimes. Vaidosos, eles aceitam a possibilidade de fazer um filme sobre suas memórias de guerra.

Neste domingo, 9.fev, às 19h no Balaio Café (201 N). É só chegar, "de grátis", inté!

Saudações cineclubísticas,

Equipe do Jiló
https://www.facebook.com/JiloNaGuela


The Act of Killing (O Ato de Matar)
Documentário, 166 min, Dinamarca / Noruega / Reino Unido, 2012
Legenda: Português
Direção e Roteiro: Joshua Oppenheimer
Co-Direção: Christine Cynn e Anônimo
Produtores: Werner Herzog e Errol Morris

Sinopse: Na Indonésia, o golpe militar de 1965 levou um exército paramilitar a ser promovido a um autêntico esquadrão da morte. Em menos de um ano, mais de um milhão de pessoas foram executadas. Décadas depois, alguns membros desses esquadrões vivem como heróis e desejam contar orgulhosamente sua própria versão da história. Eles concordam não apenas em narrar seus assassinatos brutais, mas em reencená-los diante das câmeras, inspirados pelos filmes americanos que tanto adoram. Com produção executiva de Werner Herzog e Errol Morris, o filme levou dez anos para ser concluído.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=SD5oMxbMcHM

“The most compelling thing you'll ever see...almost every frame is astonishing.” The Guardian

“This might be the most important documentary ever.” The Daily Mail






sábado, 1 de fevereiro de 2014



Depois do sucesso das hortas urbanas e os filmes sobre produção e consumo de alimentos mais saudáveis para nós e o planeta, o Jiló agora vai dialogar com as últimas manifestações ("não é só pelos R$0,20") e rolezinhos que estão acontecendo em todo o país. Para isso, exibiremos dois curtas "Hiato - Eu só quero conhecer o shopping", filmado no ano de 2000 sobre um "rolé" no Shopping Rio Sul, e "A Revolta do Buzú", uma curiosa e emblemática manifestação estudantil contra aumento de passagens de ônibus que aconteceu em Salvador no ano de 2003. (mais informações abaixo)

Neste domingo, 2.fev, às 19h no Balaio Café. É só chegar, "de grátis", inté!

Saudações cineclubísticas,

Equipe do Jiló
https://www.facebook.com/JiloNaGuela


1) Hiato - Eu só quero conhecer o shopping
Brasil, 19 min.
Ano: filmado em 2000, lançado em 2008
Direção: Vladimir Seixas
Sinopse: Registra o que pode ser considerado o primeiro “rolezinho”. Em 2000, um grupo de sem teto e moradores de favelas cariocas entrou em um famoso shopping da zona sul carioca para conhecer o local. “Quando chegamos no shopping, a polícia já estava de cassetete na mão e o pessoal [lojistas] já estava fechando as portas”, afirmou uma das manifestantes, Elizabeth da Silva, no filme.



2) A Revolta do Buzú
Brasil, 27 min.
Ano: 2003
Direção: Carlos Pronzato
Sinopse: Entre final de agosto e começo de setembro de 2003, a cidade se Salvador, Bahia, foi palco de uma impressionante onda de protestos estudantis contra o aumento do preço da tarifa de ônibus urbano. Milhares de estudantes tomaram as ruas de Salvador, causando engarrafamentos quilométricos, paralisando completamente a cidade por vários dias. O movimento demonstrou a sua força, enfrentando inclusive casos de repressão da Polícia Militar e a desmobilização promovida por grande parte da mídia oficial, colocando também em xeque qualquer tipo de representação ou lideranças. As repercussões das mobilizações no Brasil deixaram para os estudantes baianos a certeza de uma consciência política conquistada na prática e, principalmente, o protagonismo das ruas como cenário natural dos protestos, mas também revelou que uma das grandes dificuldades do movimento foi a falta de lideranças representativas do conjunto dos manifestantes. Que paralelos podemos fazer entre tais protestos e as mobilizações atuais, 10 anos depois?