O ciclo sobre os 50 anos do Golpe Civil-Militar, depois de falar sobre o financiamento do empresariado nacional e multinacional à ditadura (Cidadão Boilesen) e as provas documentais da participação dos EUA na conspiração (O Dia que Durou 21 Anos), volta com o filme Condor, de Roberto Mader.
Neste domingo, vamos abordar, portanto, a colaboração entre as várias ditaduras do Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai) para coordenar a repressão a opositores de extrema-esquerda ("subversivos"), montada a partir do início dos anos 1970 e que durou até a onda de redemocratização na década seguinte.
A maioria dos militares afirma que a Operação Condor era apenas um intercâmbio dos serviços de inteligência desses países e nega a realização de uma operação conjunta contra os opositores da ditadura. No entanto, o documentário traz evidências de assassinatos e seqüestros coordenados pela repressão militar no Cone Sul.
O momento não poderia ser mais propício, um promotor argentino está reunindo elementos que parecem convergir para a tese de que Jango foi morto por articulação da Operação Condor: http://www.cartamaior.com.br/?
Neste domingo (30.mar) às 19h no Balaio Café. Nos vemos lá, é só chegar, inté!
Saudações cineclubísticas,
Equipe do Jiló
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Condor
Brasil, 2007, 110 min
Direção: Roberto Mader
Sinopse: Documentário com vários depoimentos e imagens de arquivo das crises políticas da América do Sul dos anos de 1960 e 1970, procurando destacar as ações da chamada Operação Condor, nome atribuído a um acordo entre as polícias secretas dos países do Cone Sul com conhecimento da CIA, que teria resultado em várias ações violentas dos governos militares contra militantes e representantes da esquerda comunista e socialista da região.