sábado, 22 de março de 2014







Dando continuidade ao ciclo sobre os 50 anos do Golpe Civil-Militar, a ser lembrado (e nunca esquecido) no próximo dia 1o de abril, o Jiló orgulhosamente apresenta neste domingo (23.mar): O Dia que Durou 21 Anos.

Melhor documentário brasileiro de 2013, segundo a Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), melhor documentário estrangeiro (Festival Saint Tropez, França) e 2 prêmios especiais do júri nos EUA (Arizona e Long Island). Com certeza, um dos documentários de maior impacto dos últimos anos.

Inicialmente, o filme fora concebido para contar a história do pai do diretor (Camilo Tavares), o jornalista Flávio Tavares, um dos 15 presos políticos soltos (e banidos do país) em troca do embaixador americano, Charles Burke Elbrick, sequestrado em 1969. Porém, ao ter notícia da existência de um fabuloso acervo documental sobre a deposição do presidente João Goulart que os Estados Unidos vêm franqueando ao público desde os anos 1970, Camilo mudou seus planos e decidiu abordar a participação do governo norte-americano na conspiração que resultou em uma ditadura de 21 anos (1964 a 1985) no Brasil.

O diretor se beneficiou de três volumosos pacotes de documentos, incluindo material da CIA, com divulgação autorizada pelo governo dos Estados Unidos; gravações sonoras originais da Casa Branca, algumas delas com a voz dos presidentes à época; papéis e áudios difundidos em 2004 pela organização não governamental The National Security Archive; arquivos de emissoras de televisão dos Estados Unidos e outras informações em bibliotecas que conservam a memória dos presidentes John Kennedy (1961-1963) e Lyndon Johnson (1963-1969). Mais informações abaixo.

Neste domingo (23.mar) às 19h no Balaio Café. Nos vemos lá, é só chegar, inté!

Saudações cineclubísticas,

Equipe do Jiló
https://www.facebook.com/JiloNaGuela



O Dia que Durou 21 Anos
Brasil, 2013, 77 min
Direção: Camilo Tavares
Roteiro: Camilo Tavares / Flávio Tavares

Sinopse: Documentário sobre a participação do governo dos Estados Unidos na preparação, desde 1962, do golpe de estado de 1964, no Brasil. Utilizando documentos secretos da CIA e áudios originais da Casa Branca, o filme mostra como presidentes norte-americanos articularam o plano civil-militar para derrubar o presidente João Goulart. Nos 21 anos seguintes (1964-1985), o governo violou os direitos civis e instalou um regime ditatorial, com graves consequências para toda a América Latina. O filme tem como ponto de partida a crise provocada pela renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, e prossegue até o ano de 1969, com o sequestro do então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, por grupos armados. Em troca de sua libertação, 15 presos políticos são soltos e posteriormente banidos do país. Um deles, o jornalista Flávio Tavares, 27 meses depois de se radicar na Cidade do México, seria pai de Camilo, o cineasta cujo nome é uma homenagem ao padre católico e guerrilheiro colombiano Camilo Torres, morto em 1966.

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