quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Duas notícias importantíssimas para a cena de documentários nos jornais de hoje. Uma boa e outra ruim.


Comecemos pela ruim. O grande mestre do documentário Silvio Tendler terá que depor em delegacia por ter apoiado manifestação contra a ditadura. Onde está a liberdade de expressão? O direito à livre manifestação? O mais sinistro desse episódio é que, no dia da manifestação, Sílvio Tendler estava de cama, recuperando-se de uma cirurgia: "Só pode ser presente de Natal de algum torturador. No dia da manifestação, eu estava recém-operado. Infelizmente, não pude participar do ato público contra uma reunião de militares de pijamas que comemoravam o aniversário da tenebrosa ditadura, que torturou, matou e desapareceu com opositores do regime". É assim que o Brasil trata seus grandes nomes. Lembremos: Tendler dirigiu filmes fundamentais como "Os anos JK", "Jango", "Utopia e Barbárie", "Encontro com Milton Santos", "Glauber, o filme" e por aí vai... Diante desse episódio nefasto, o Jiló apela: RESPEITEM NOSSOS MESTRES! Leia a reportagem de jornal


Agora, a boa. O Documentário "Burroughs", cinebiografia do grande escritor beat William Burroughs, que estava perdido desde os anos 1980, está sendo recuperado e será relançado. O filme do diretor Howard Brookner traz  entrevistas com nomes como a cantora Patti Smith, o poeta Allen Ginsberg e o roteirista Terry Southern e ainda conta com a participação do próprio Burroughs, em longos depoimentos e conversas com amigos. Na equipe de produção, Jim Jarmusch cuidou da câmera, e Tom DiCillo, do som. O filme, porém, ficou perdido desde 1989, quando Brookner morreu de Aids. O Jiló aguarda ansiosamente o relançamento de "Burroughs". Leia a reportagem na imprensa

sábado, 15 de dezembro de 2012


16 de dezembro: Janela da Alma




O Jiló volta neste domingo, 16/12, com um documentário premiado, instigante e emocionante.

Janela da Alma
País de Origem:  Brasil
Direção:  João Jardim / Walter Carvalho
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 73 minutos
Ano de Lançamento:  2001
Estúdio/Distrib.:  Europa Filmes

Sinopse:
Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem, como vêem os outros e como percebem o mundo. O escritor e prêmio Nobel José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o fotógrafo cego franco-esloveno Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão: o funcionamento fisiológico do olho, o uso de óculos e suas implicações sobre a personalidade, o significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens e também a importância das emoções como elemento transformador da realidade ­ se é que ela é a mesma para todos.
Domingo, dia 16 dez., às 18h30 no Balaio Café (201 N), esperamos você.

Saudações cineclubistas,

Equipe do Jiló
www.facebook.com/JiloNaGuela
9 de dezembro: O Velho,
A História de Luiz Carlos Prestes


Depois de uma parada obrigatória por conta do excelente Festival Curta Brasília, o Jiló apresenta documentário sobre grande personalidade da nossa história: Luiz Carlos Prestes.

Sinopse: A partir de depoimentos de testemunhas da história, imagens de época e com uma narração informal, entremeados por pequenos respiros poéticos, o documentário conta a história do líder comunista Luiz Carlos Prestes (1898-1990). De líder tenentista a secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o “Cavaleiro da Esperança” foi um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasil no século XX.

O velho - A história de Luiz Carlos Prestes
Duração: 105 min.
Ano: 1997
Direção: Toni Venturini
Narração: Paulo José

Domingo, dia 9.dez, às 18h30 no Balaio Café (201 N), esperamos você.

Saudações cineclubistas,

Equipe do Jiló
www.facebook.com/JiloNaGuela

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

2 de dezembro: Curta Brasília


No dia 2 de dezembro, muito excepcionalmente, o Jiló não exibiu documentário. O cineclube prestigiou o maravilhoso festival Curta Brasília, além de compor o juri da sua mostra paralela. 
 
25 de novembro: Jango




Dirigido pelo mestre Silvio Tendeler, o filme refaz a trajetória política de João Goulart, o 24° presidente brasileiro, deposto pelo golpe de 1o de abril de 1964. Goulart era popularmente chamado de 'Jango', daí o título do filme, lançado exatos vinte anos após o golpe. A reconstituição da trajetória de Jango é feita por meio da utilização de imagens de arquivo e de entrevistas com importantes personalidades políticas como Afonso Arinos, Leonel Brizola, Celso Furtado, Frei Betto e Magalhães Pinto.

O documentário captura a efervescência política durante os anos1960 no Brasil, no contexto histórico da Guerra Fria. Jango narra exaustivamente os detalhes do golpe e se estende até os movimentos de resistências à ditadura, terminando com a morte do presidente no exílio e imagens de seu funeral, cuja divulgação foi censurada pelo regime militar.


Jango, narrado por José Wilker, foca a trajetória de João Goulart que, deposto pelo Golpe de 64, se tornou o único presidente brasileiro morto no exílio. O filme visto por 1 milhão de pessoas, ganhou vários prêmios e está entre os documentários mais importantes do Brasil.



18 de novembro:
"Atlântico Negro - Na rota dos orixás"


Para marcar o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), o Jiló volta com o documentario "Atlântico Negro - Na Rota dos Orixás", dirigido por Renato Barbieri. 

Filmado no Benin, no Maranhão e na Bahia, o documentário faz uma viagem no espaço e no tempo em busca das origens africanas da cultura brasileira. Historiadores, antropólogos, e sacerdotes africanos e brasileiros relatam fatos históricos e dados surpreendentes sobre as inúmeras afinidades culturais que unem os dois lados do Atlântico.


domingo, 11 de novembro de 2012

11 de novembro "Eu, um negro"



Jean Rouch, depois de uma expedição pelo Rio Níger em que teve contato com a cultura e o povo africano, resolveu que era hora de documentar o que havia experimentado. Nascia, então, um dos mais importantes e influentes documentaristas do nosso tempo. Além disso, Jean Rouch foi o inspirador do movimento da Nouvelle Vague, que transformou o cinema francês. O Cineclube Jiló na Guela hoje reverencia um dos principais e mais influentes cineastas franceses.

Em "Eu, um negro", Rouch traz à tona os problemas decorrentes da descolonização africana. Mostra um grupo de jovens que abandona sua terra natal, a Nigéria, para tentar uma vida melhor na Costa do Marfim. O filme, de 1959, é considerado um marco no cinema francês por sua linguagem extremamente contemporânea e montagem singular para os padrões da época e faz uma mistura de ficção com documentário, ou um documentário ficcional. Este filme foi um dos responsáveis pelo que mais tarde convencionou-se chamar de Cinema Verdade.

Título Original: Moi, un noir (França, 1959).
Diretor: Jean Rouch
Duração: 73'

Jiló na Guela
Balaio Café - Quadra 102 Norte, às 18h30.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

4 de novembro, o Jiló apresenta três filmes:

- Zumbi Somos Nós


- A Guerra dos Gibis


- O Pio

Fazendo referência ao mês da consciência negra, "Zumbi somos nós"



Título Original: Zumbi Somos Nós
Brasil, 2007
Direção: Frente 3 de Fevereiro
Duração: 52 minutos
Sinopse: O filme é um desdobramento da linguagem da Frente 3 de Fevereiro, grupo que aborda o racismo na sociedade por meio do coletivo interdisciplinar de pesquisa, intervenções artísticas e apresentações audiovisuais, e cria um diálogo afinado entre imagem e som, norteado por 'narradores-personagens-MC's'Zumbi Somos Nós propõe uma reflexão sobre questões raciais na sociedade brasileira contemporânea e a criação de estratégias artísticas para responder a estas questões, inscrevendo na vida cotidiana novas formas de olhar, pensar e agir. Veja o filme


Os outros filmes são produções do coletivo Zagaia.

"A Guerra dos Gibis" tem arrebatado prêmios importantes, inclusive os de melhor filme, direção de arte e trilha sonora na categoria curta documentário no último Festival de Brasília 










sexta-feira, 26 de outubro de 2012

No próximo domingo, o Jiló participa junto com outros cineclubes do Circuito (abaixo), do Curta Brasil.
Veja a programação


Cineclube Mazzaropi
Sessão: 25/10 – 09:30 (sessão para alunos)
Samambaia Sul/DF
Endereço: CED 304 – Área Especial, Quadra 304
Informações: (61) 3901 7717

Cineclube Saracura
Sessão: 25/10 – 19h
Evento: Ocupa 508
Endereço: 508 Sul, Plano Piloto
Espaço Cultural Renato Russo  – área externa
Informações: http://www.facebook.com/cinesaracura

Cineclube Almas de Vidro
Sessão: 26/10 – 10h
Samambaia Sul/DF
Endereço: CED 123 – QN 123, Área Especial
Contato: (61) 9559- 7774

Cine Teatro EIT
Sessão: 26/10 – 12h
Taguatinga/DF
Endereço: Teatro da Praça – QNB 1 , área especial  01
Informações: www.cineteatroeit.blogspot.com

Jiló na Guela
Sessão: 28/10 – 18:30
Asa Norte/Brasília
Endereço: Balaio Café (201 norte , comercial)
Informações: https://www.facebook.com/JiloNaGuela
http://jilonaguela.blogspot.com.br

Encruzilhada Cineclube
Sessão: 30/10 – 19h30
Samambaia/DF
Endereço: CEM 414 – QS 414 Área Especial 01
Informações: http://www.facebook.com/cineencruzilhada

Curta na Quarta
Sessão: 31/10 – 18h
Asa Sul/Brasília
Endereço: auditório do CESAS – 602 sul (ao lado da Escola de Música de Brasília)
Informações: (61) 9972- 2304
No próximo domingo, 28 de outubro,
o Jiló participa dos festivais de Curtas e de Animação:

1) Circuito Itinerante Cineclubista que acontece durante esta semana para lançar e ser uma espécie de aperitivo do que vai rolar no Festival Curta Brasília (29.nov a 2.dez), quando o Jiló, junto com outros integrantes da União dos Cineclubes do DF e Entorno, vai escolher um filme que será o ganhador do Prêmio dos Cineclubistas;

2) Por uma ótima coincidência, dia 28 é também o Dia Internacional da Animação (DIA). Evento que promove a exibição de filmes de animação no mesmo dia em diversas cidades do mundo. No Brasil, cerca de 200 cidades participarão, todos exibirão exatamente às 19h30 filmes de animação e, em Brasília, o Jiló também irá participar.

Então, venha ver curtas diversos (documentário, ficção, animação) neste domingo e se conecte a esses movimentos com o Jiló.

Mais informações:





E continuem nos acompanhando o Jiló no Facebook


Nos vemos no domingo, às 18h30, no Balaio Café (201 N).

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

21 de outubro: A revolução não será televisionada


Depois da apresentação de "Muito além do cidadão Kane", na semana passada, o poder da mídia volta a ser o tema central no Cineclube Jiló na Guela, neste domingo, 21 de outubro, com a exibição do documentário irlandês "A revolução não será televisionada". 

Ao retratar o "golpe midiático" sofrido pelo governo do Presidente Chávez, em 2002, o filme discute as novas formas de ruptura da democracia inauguradas no século XXI. Eventos como o golpe civil-militar de 1964 no Brasil deram lugar a movimentos mais sutis (mas nem por isso menos nefastos) em que setores conservadores da sociedade buscam subverter a ordem por meio de artifícios que objetivam manter a aparência de normalidade democrática.

Não perca esse documentário, que denunciou de forma surpreendente como o domínio dos canais midiáticos de comunicação de massa pode determinar os acontecimentos políticos de um país.



Filmado e dirigido por: Kim Bartley e Donnacha O’Briain
Origem: Irlanda, 2003.
Duração:74 minutos.
Sinopse: O documentário "A revolução não será televisionada" apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, na Venezuela. Os diretores do filme estavam no país realizando, desde setembro de 2001, documentário sobre o presidente Hugo Chávez e o governo bolivariano quando, surpreendidos pelos momentos de preparação e desencadeamento do golpe, puderam registrar, inclusive no interior do Palácio Miraflores, seus instantes decisivos e a esmagadora e espetacular reação popular.

Cineclube Jiló na Guela
Balaio Café
Endereço: CLN 201, Bloco B, lojas 19/31, Asa Norte
Horário: 18h30

Acompanhe o Jiló no Face

14 de outubro: Muito além do Cidadão Kane



Título original: Beyond Citzen Kane
Direção: Simon Hartog
Realização: Channel Four - BBC. UK, 1993
Duração: 93 min.
Sinopse: Documentário denúncia do monopólio da informação e do uso político deste, exercido no Brasil pela mídia em geral e pela rede Globo em particular. Produzido de forma independente com apoio da BBC, TV pública britânica, o filme baseia-se nos trabalhos de Romero Machado “Afundação Roberto Marinho” e Daniel Herz “A história secreta da Rede Globo”, que documentam os processos de formação e funcionamento da referida empresa. O título busca associar Roberto Marinho ao personagem de Orson Welles, protagonista do filme “Cidadão Kane”.

domingo, 7 de outubro de 2012

7 de outubro:
Raul - o início, o fim e o meio



Depois de votar, venha ao Jiló na Guela, assistir ao documentário sobre Raul Seixas.

Como já é de praxe, o Jiló volta neste domingo com mais um filmaço divertido, polêmico, emocionante e imperdível!

Continuem nos acompanhando pelo Face

Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h

Título original: Raul - O Início, o Fim e o Meio
Diteção: Walter Carvalho
Produção: Brasil
Ano: 2012
Duração: 120 min.


Sinopse e outras informações

Resenha

Trailer

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Festival de Brasília


No próximo domingo, 23 de setembro, o Jiló vai pongar no Festival de Brasília.

Excepcionalmente, não haverá sessão no Balaio. O Jiló transfere-se de mala e cuia para o Teatro Nacional, para prestigiar os excelentes filmes inéditos de nosso cinema nacional.

No mesmo horário do Jiló, ou seja, às 19 horas, estão programados dois documentários, um curta ("A onda traz, o vento leva" de Gabriel Mascaro, diretor pernambucano de Um lugar ao Sol, grande sucesso no Jiló) e um longa ("Elena"). 


O filme "Cabra marcado para morrer", que passamos em 10 de junho, será relançado com cópia restaurada!




quinta-feira, 13 de setembro de 2012

No dia 16 de setembro, o Jiló na Guela exibirá

"Deixa que eu falo"


Deixa que eu falo
Diretor: Eduardo Escorel
Ano: 2007
Duração: 70 min.

Sinopse: Documentário sobre o diretor do Cinema Novo, Leon Hirszman, realizado por seu amigo e companheiro de trabalho Eduardo Escorel. O filme refaz a trajetória do cineasta através de sua obra e de imagens de arquivo. Usando inúmeros depoimentos do próprio Leon, o filme traça a síntese das esperanças e das frustrações de toda uma geração.

Críticas
"Deixa que eu Falo começa pelo fim: o último plano filmado por Leon, de um longo depoimento da Dra. Nise da Silveira, de quem havia se tornado grande amigo desde a produção de Imagens do Inconsciente. Esse não é o único material que aparece aqui pela primeira vez. Há também trechos inéditos da passeata dos petroleiros rumo ao comício de 13 de março de 1964 na Central do Brasil (quando Escorel estava no posto de técnico de som). Vemos – enfim! –, cenas da mítica filmagem dos tropicalistas baianos em 1971, janela discreta para a paixonite que Leon curtia por Gal Costa na época. E ainda muitas e ótimas fotos de bastidores de filmagens." 
Leia a crítica inteira

"Responsável pela organização e relançamento da obra de Leon Hirszman, o montador Eduardo Escorel não poderia ter escolhido forma melhor de homenagear o diretor, morto em 1987: Deixa que eu falo destaca-se pela riqueza de imagens de arquivo, que ditam por si só o andamento do documentário. O título foi escolhido para que Escorel não se colocasse na posição de narrador onipresente sobre a vida e obra de um amigo tão íntimo. O subterfúrgio narrativo foi atribuir ao próprio Leon as coordenadas, em uma espécie de documentário póstumo. Para isso, Escorel resgatou entrevistas e arquivos pessoais do diretor e “deixou que ele falasse”. Tratando-se de um exímio montador, Escorel organiza 70 minutos de filme com fragmentos que fogem da própria realidade e filmografia de Hirszman: para falar da chegada da família de Leon ao Brasil, utiliza trechos de O Imigrante (Chaplin, 1917), para citar a relação do diretor com os grevistas do ABC Paulista, evoca imagens de A Greve (Eisenstein, 1924)."

 Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h
O Jiló destaca o lançamento próximo nos cinemas do documentário "Tropicália", de Marcelo Machado. 


O filme, que abriu o Festival "É Tudo Verdade", em março passado, foi realizado a partir de extensa pesquisa e recuperou imagens praticamente perdidas, muitas delas inéditas.

sábado, 8 de setembro de 2012

9 de setembro, o Jiló apresenta: 

"O Homem que engarrafava nuvens"



Dirigido por Lírio Ferreira, o premiado diretor de Árido Movie, Cartola e Baile Perfumado, esse documentário musical conta a história de Humberto Teixeira, o Doutor do Baião, o compositor por trás de clássicos como Asa Branca, uma das canções mais populares do Brasil.

http://www.ohomemqueengarrafavanuvens.com.br/

Veja o trailer

www.facebook.com/JiloNaGuela 

Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h

2 de setembro: Jiló apresenta Pixo  


O impacto da pichação como fenômeno cultural na cidade de São Paulo e sua influência internacional como uma das principais correntes da Street Art. O filme participou da exposição Né dans la Rue (Nascido na Rua), da Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris. O documentário mostra a realidade dos pichadores, acompanha algumas ações, os conflitos com a polícia e mostra um outro olhar sobre algumas intervenções já muito exploradas pela mídia. O filme não traz respostas, mas fornece argumentos para o debate: pichação é arte ou é crime?

Diretores:
João Wainer, Roberto T. Oliveira

Duração do Filme:
61 minutos

Ano:
2009


"A partir do momento que o filme e a temática são super bem aceitos em Paris, isso começa a abrir um pouco mais a cabeça da galera por aqui também", disse Oliveira. O documentário tem ainda Jorge du Peixe, Racionais, Tejo Damasceno e Instituto e uma música inédita do rapper Sabotage como trilha.

As imagens de acervo de Djan foram lembradas por Roberto. "Ele é mais que uma personagem do filme. O Djan filmava pixação há muito tempo, usamos muito do acervo que ele tinha, imagens que a gente jamais conseguiria fazer", explicou.


Veja o trailer


sábado, 25 de agosto de 2012

26 de agosto: Você também pode dar um presunto legal


Título: Você também pode dar um presunto legal
Ano: 1971
Diretor: Sérgio Muniz 
Produção: Brasil
Tema: Os crimes cometidos pelo esquadrão da Morte e sua relação com a ditadura militar brasileira. A fita foi (muito bravamente) feita durante os anos de chumbo e permaneceu esquecida durante muito. 
Duração: 39 minutos

Sinopse: Reflexão sobre a atuação do Esquadrão da Morte e do famigerado Delegado Fleury, chefe do DOPS em São Paulo. Filmado clandestinamente, o documentário nunca foi exibido por representar risco de vida para seu elenco e equipe. Na época, seus negativos foram transferidos para Cuba. Desde de 2006, seu realizador exibe sem muito alarde esta versão em universidades e mostras sobre direitos humanos. Com uma narrativa ainda atual, o documentário utiliza-se de diversos materiais em sua construção – recortes de jornais e revistas, imagens captadas diretamente da televisão, transcrição de depoimentos de pessoas torturadas e fragmentos das obras de teatro “A Resistível Ascensão de Arturo Ui” (Bertold Brecht/Teatro de Arena) e “O Interrogatório” (Peter Weiss/Teatro São Pedro).

Em meio à ditadura civil-militar implantada com o golpe de 1964, Sérgio Muniz teve a idéia de fazer um documentário sobre a ação do Esquadrão da Morte. Na época, conta o documentarista, a imprensa ainda tinha alguma liberdade para divulgar a ação desses grupos de extermínio, formados por policiais dos mais variados escalões, e que agia nas periferias de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. As vítimas dessa repressão policial (tal como hoje) eram homens, pobres e negros e, por essa condição, supostamente criminosos.

Anos depois, em 1974, após um longo período de produção na Europa e Cuba, o filme fica pronto. Entretanto, seguindo aos conselhos de amigos de Havana, opta por não exibir o filme. “Eles me disseram que achavam melhor não exibi-lo no Brasil: ‘você pode colocar em risco não só você, mas também os atores que aparecem no filme’, disseram.
A partir da repercussão positiva, começou a fazer uma distribuição informal e gratuita de cópias do documentário.

Entrevista com o Diretor Sérgio Muniz


De grátis! Até domingo!

Local: Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h

Saudações,
Jiló na Guela

terça-feira, 14 de agosto de 2012

19 de agosto: Lixo Extraordinário

A temática da reciclagem e da destinação sustentável e inteligente do lixo urbano tem sido recorrente nos documentários exibidos pelo Jiló na Guela, formando um ciclo de filmes sobre o assunto. Os documentários de Marcos Prado e Agnès Varda, "Estamira" e "Os Catadores e Eu" geraram debates estimulantes após suas exibições. Quais interesses econômicos estão por trás da legislação que determina o fim dos lixões?  Qual alternativa está sendo reservada aos profissionais que vivem da reciclagem? É correto chamar de reciclagem o processo de incineração do lixo por indústrias, atualmente defendido por grandes grupos econômicos internacionais que, inclusive, pretendem reproduzir esse modelo aqui no Brasil? 

A co-produção anglo-brasileira "Lixo Extraordinário" será apresentada, neste domingo, para compor esse painel e agregar um enfoque diferente. A arte feita de lixo na periferia é reconhecida no centro do mudo. Em que pese o fato de esse reconhecimento se dar pela simples atribuição de valor monetário por uma casa de leilão de Londres - sinal dos tempos! -, o processo descrito no filme reafirma a relatividade do valor das coisas - a fronteira tênue entre o lixo e o luxo. Em tempo de mudanças  numa velocidade dificil de acompanhar, o desafio parace estar mais em assumir que tudo é possível e que não há barreiras intransponíveis. Há que se ter, sobretudo, clareza a respeito do processo político e organização.

Título Original: Waste Land
Diretor: João Jardim / Karen Harley / Lucy Walker
Duração: 90 Minutos
Ano de Lançamento: 2011

Sinopse: Filmado ao longo de quase dois anos, Lixo Extraordinário acompanha a visita do artista plástico Vik Muniz a um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis. O objetivo inicial de Muniz era "pintar" esses catadores com o lixo. No entanto, o trabalho com estes personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugestionados a imaginar suas vidas fora daquele ambiente.



De grátis! Até domingo!

Local: Balaio Café (201 Norte)
Hora: 18:30h

Saudações,
Jiló na Guela
12 de agosto: Notícias de uma guerra particular



Título: Notícias de uma guerra particular
Ano: 1999
Direção: João Moreira Salles, Kátia Lund
País: Brasil
Duração: 57 minutos
Áudio: português

Sinopse: O documentário retrata o cotidiano dos traficantes e moradores da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. Resultado de dois anos (1997 - 1998) de entrevistas com pessoas ligadas diretamente ao trafico de entorpecentes, com moradores que vislumbram esta rotina de perto e policiais, o documentário traça um paralelo entre as falas de moradores, dos traficantes e da polícia, colocando todos no mesmo patamar de envolvimento em uma guerra que não é uma "guerra civil", mas uma "guerra particular". O título do filme é encontrado no conteúdo de uma das entrevistas; na fala do ex-capitão do BOPE, Rodrigo Pimentel que foi depois inspiração para o famoso Capitão Nascimento de Tropa de Elite.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=9WKM6ppiFyU

https://www.facebook.com/JiloNaGuela
 
5 de agosto: Cine Feminista

 
Convidamos a todas e todos para o CineFeminista da 8ª Ação Lésbica + Coletivo JILÓ Na Guela no BALAIO CAFÉ.

Videos:
- Lésbicas no Brasil, Maria Angélica Lemos
- Eu sou Homem, Márcia Cabral
- Entre, Carlos Côrtes
- Meu mundo é esse, Márcia Cabral

Logo após, bate papo sobre os filmes. E em seguida, shows com Michelle Lara, Andrea Augusta e Dj Pat Merenda mandando um sonzinho maneiro pra gente!