No dia 16 de setembro, o Jiló na Guela exibirá
"Deixa que eu falo"
Deixa que eu falo
Diretor: Eduardo Escorel
Ano: 2007
Duração: 70 min.
Sinopse: Documentário sobre o diretor do Cinema Novo, Leon Hirszman, realizado por seu amigo e companheiro de trabalho Eduardo Escorel. O filme refaz a trajetória do cineasta através de sua obra e de imagens de arquivo. Usando inúmeros depoimentos do próprio Leon, o filme traça a síntese das esperanças e das frustrações de toda uma geração.
Críticas
"Deixa que eu Falo começa pelo fim: o último plano filmado por Leon, de
um longo depoimento da Dra. Nise da Silveira, de quem havia se tornado grande
amigo desde a produção de Imagens do Inconsciente. Esse não é o único
material que aparece aqui pela primeira vez. Há também trechos inéditos da
passeata dos petroleiros rumo ao comício de 13 de março de 1964 na Central do
Brasil (quando Escorel estava no posto de técnico de som). Vemos – enfim! –,
cenas da mítica filmagem dos tropicalistas baianos em 1971, janela discreta
para a paixonite que Leon curtia por Gal Costa na época. E ainda muitas e ótimas
fotos de bastidores de filmagens." Leia a crítica inteira
"Responsável pela organização e
relançamento da obra de Leon Hirszman, o montador Eduardo Escorel não poderia
ter escolhido forma melhor de homenagear o diretor, morto em 1987: Deixa que eu falo destaca-se pela
riqueza de imagens de arquivo, que ditam por si só o andamento do documentário.
O título foi escolhido para que Escorel não se colocasse na posição de narrador
onipresente sobre a vida e obra de um amigo tão íntimo. O subterfúrgio
narrativo foi atribuir ao próprio Leon as coordenadas, em uma espécie de
documentário póstumo. Para isso, Escorel resgatou entrevistas e arquivos
pessoais do diretor e “deixou que ele falasse”. Tratando-se de um exímio
montador, Escorel organiza 70 minutos de filme com fragmentos que fogem da
própria realidade e filmografia de Hirszman: para falar da chegada da família
de Leon ao Brasil, utiliza trechos de O
Imigrante (Chaplin, 1917), para citar a relação do diretor com os
grevistas do ABC Paulista, evoca imagens de A Greve (Eisenstein, 1924)."
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